Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sábado, 14 de outubro de 2017

Oeiras - retorno aos jardins do Palácio do Marquês de Pombal e Conde de Oeiras

* Victor Nogueira


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O Palácio, cujo projecto é do risco do arquitecto Carlos Mardel, ocupava uma posição estratégica em relação ao primitivo núcleo urbano de Oeiras, sendo o acesso efectuado por um amplo e cenográfico terreiro. As portas do piso térreo abrem-se ao amplo jardim que prolonga o espaço de sociabilidade – os passeios, as merendas, os jogos, a música e a dança, fazem parte da componente recreativa da quinta, que exibe ainda cascatas, tanques, terreiro dos jogos e um pequeno cais, que permitia navegar na Ribeira da Laje.
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A propriedade tinha também uma componente produtiva – os mais de 200 hectares da quinta possibilitavam um elevado rendimento, com gestão próxima de Sebastião José: azeite, vinho, frutas e cereais, uma unidade modelar à época.  Parte dos terrenos estão actualmente integrados na Estação Agronómica de Oeiras. O Palácio, os jardins e a Casa da Pesca estão classificados como Monumento Nacional desde 1953

Visitar o palácio marquês de Pombal, é ter a oportunidade de contemplar um dos melhores conjuntos decorativos do período pombalino, rico em estuques e azulejos. Nos jardins, destacam-se as várias peças de estatuária, os bustos de mármore, bem como os vários muretes e escadarias revestidas de azulejos.  (texto adaptado do site da CMO)

Esta minha nova visita tinha como objectivo a série Águas em Oeiras, com novo levantamento fotográfico, incluindo a Fonte do Povo, que não consegui localizar. Hoje sem água, os tanques outrora deveriam refulgir e refrescar o ambiente, num murmúrio de águas mansas e cristalinas misturado com o sabor odorífero de flores e árvores de frutos mesclados com o trinado das aves.  Os conjuntos escultóricos espalhados pelos jardim são da autoria de Machado de Castro. Os azulejos reproduzem cenas de lazer da nobreza e dos trabalhos agrícolas.

As instalações agrícolas não são acessíveis ao público; nem o Lagar de Azeite (outrora Galeria Municipal onde visitei algumas exposições) nem a Adega (ocupada pelos Serviços de Informática). Contudo logrei que me deixassem ter uma visão da adega para lá das poetas envidraçadas que a encerram.

Estação Agronómica de Oeiras



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Os Jardins e o Palácio (Clicar na foto para ampliar)


Vista parcial das propriedades do Marquês de Pombal (Clicar na foto para ampliar)

(Google Earrh)



Publicado a 22/07/2015

Jardins do Palácio




Ribeira da Laje





Cascata dos Poetas




Cais de embarque


Ribeira da Laje




O Palácio














A lixeira a céu aberto ou no melhor pano cai a nódoa




Fonte dos Embrechados













interior da Fonte dos Embrechados

Terraço das Araucárias




































Figuras de convite












Figuras de convite













Cascata dos Poetas




















Fonte das 4 Estações (antiga Horta ajardinada)













Jardim das Merendas













Antigo Lagar do Vinho






Antiga Horta Ajardinada e Jardim das Merendas















Antigo Lagar de Azeite


Casa da Malta (?)














fotos em 2017.09.11


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